segunda-feira, 3 de maio de 2010

Esquecimento, afogamento. (?)

Ok, ok! (Sempre lembro do TVFAMA quando eu falo isso #rs).

Eu sei que fiquei dois meses sem postar, mas também ninguém mandou email (me sinto derrotada falando isso, mas é a verdade!) e eu, como já tinha avisado, não tenhosonhado e não tenho tido tempo nem pra entrar no pc, quanto mais pra postar.

Mas, dia desses, eu fiz um texto pra Redação&Estilo no meu Colégio e resolvi postar aqui, pra ver se alguém gosta.

"Ela caiu na água. Ótimo. Ela sentia a água entrando por suas narinas enquanto algo a puxava mais para baixo. Num primeiro momento até que tentou subir, utilizando toda a sua força vital. Mas fora em vão.
Ela já era míope, e ainda embaixo d’água? Nunca enxergaria quem a levou para as profundezas.
Já não tentava mais sair. De que iria adiantar? Ela morreria de qualquer jeito. Sentia a água entrando por suas narinas e não se importava. Parecia ter aceitado que tudo estava perdido.
Talvez os anos de natação tivessem ajudado no começo, ela tinha um fôlego bom. Agüentou o tempo sem respirar. Mas será que conseguiria achar algum lugar onde se refugiar a tempo? Também, pouco importava, já estava perdida. Se algo viesse era lucro.
E, por pura sorte, ela acabou encontrando esse tal refúgio. A pressão que a puxava pareceu ceder por conta própria, deixando a menina “livre”, a 50 metros abaixo do nível do mar.
Ela encontrou uma caverna onde, apesar de embaixo d’água, havia ar. Entrou lá com uma calma estranha para o momento, mas quando conseguiu encher seus pulmões novamente, foi como se uma nova Garota estivesse nascendo. O valor que ela depositou na vida, a partir daquele momento, era descomunal, muito para qualquer mente compreender.
Ela levou algum tempo para se recompor. Mas, depois de recomposta, ela queria de qualquer jeito sair de lá, ver sua família. Mas – espere um pouco – ela ainda tinha família? Não tinha mais como saber ao certo. Quando “caiu” na água, o que não foi um acidente e muito menos provocado por ela mesma, não lembrava de ver sua irmã a seu lado, e ela sempre estava lá. Eram raros os momentos em que ela não estava lá. Onde ela estaria?
Demorou um pouco até se lembrar o que tinha se passado, mas mesmo assim se lembrava vagamente. Algo muito ruim havia acontecido em sua pequena cidade, algo parecido com um tiroteio, uma revolta, algo do gênero. Muitas pessoas morreram. Na maioria inocentes. Acreditava que este teria sido o fim de seus familiares, que já não eram muitos: mãe, pai, avó, irmã mais nova e um cachorro.
Não sofreu muito com essa idéia. O fato de estar em uma caverna subterrânea no mar, depois de ter sido puxada por algo que ela não sabe o que é e ter quase morrido, era muito surreal para ser verdade. Mas ela sabia que dali para frente teria de se virar sozinha. Seu leal amigo canino se daria bem sozinho também. Decerto ele teria fugido na confusão. Esperto.
Voltando, ela estava ali, completamente molhada, ainda não sentia frio. Estava um pouco tonta e sabia que logo sentiria fome. Precisava sair de lá. Mas o que a estaria esperando lá fora? O que a levou pra baixo? Por quê? Essas perguntas não saíam de sua cabeça.
Mas a curiosidade misturada com um pouco de coragem foram suficientes para ela explorar a minúscula caverna. Não havia muito para se ver. Algumas rochas soltas, algumas colunas. E só. Não parecia muito aconchegante. Não ganharia nada ficando ali. Só padeceria mais rápido.
Decidiu sair.
Juntou o máximo de ar nos seus pulmões de adolescente e saiu como um projétil pela água, focando o olhar o máximo possível, a fim de encontrar qualquer coisa que a ajudasse. Desde um peixe de fácil alcance para comer a outra caverna para depois prosseguir de novo.
Peixe não era o que faltava. Os problemas eram: caçar e cozinhar. Não seria uma tarefa fácil embaixo d’água. Então o jeito era emergir. Olhou para cima. Não parecia tão longe assim. Voltou à caverna, recuperou o fôlego e foi com toda a sua força para cima.
Na metade do caminho o ar acabou. O desespero a consumiu. Pronto, era agora que ela morreria, depois de tanto esforço. Mesmo molhada, conseguiu sentir lágrimas quentes escorrendo por seu rosto gelado. Havia desistido novamente. Todo o vazio retornou. Não tinha mais vontade de prosseguir. E por lá ficou. Mas foi um só segundo.
Ela não desistiria e algo parece que não a deixaria desistir. Junto com suas pernas se movendo havia algo, alguém, que a puxava para cima.
Seria a mesma coisa que a teria puxado para baixo? Por que ela tinha a sensação que a força que agora a ajudava era a mesma que a havia tentado matar? Se parasse para pensar, aquele fato a fez refletir, voltar a apreciar a vida. Teria sido de todo mal?
Pôs a cabeça acima da água. Sobrevivera."


Bom, é isso. Tá aqui. Eu não esqueci ninguém. Mas será que me não me esqueceram? #hm HIAZHIAZHIAZ

XOXO

ps: postado ao som de Ke$ha, várias. Amo ela. Desde Setembro/09. *-*
ps²: AH! GOSTARAM DO NOVO LAYOUT DO BLOG?

6 comentários:

  1. caraaaaaca, ficou longo o conto! mals se você se cansou lendo. D:

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  2. MANOLOOOOOOOOOOOOOOOO! Tu escreve muito,que demaais! Amei amei amei,e o layout[?] novo tbm,tudo linds minha Pequena! *-* Muitas saudades,mesmo mesmo ♥

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  3. a-m-e-i!! vc tem futuro como redatora ;)
    bjo!
    Leka

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  4. Orgulho não descreve o que o que sinto. O amor é maior. A alegria, infinita. Continue a escrever, sempre. Te amo. Beijos.

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  5. Escreva para toda a vida. Não pare de escrever. Não deixe de imaginar e colocar idéias no papel. E um texto longo é diferente de um texto chato. O seu texto é muito bom. Não pare.
    =D

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  6. a, gente, brigada! mesmo. vocês não sabem como é bom ver que existe pessoas que gostam do que você faz, que apoiam. é mais que especial, é gratificante. e importante também, pois este é o caminho que eu quero seguir. obigada pelo apoio!

    ps: e, pai, te amo muito s2

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